quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

DA JANELA LATERAL DO QUARTO DE DORMIR

Da janela lateral do meu quarto dá pra ver uma praça.

Lá na praça tem:

*barras de musculação
*parquinho
*mesas e bancos
*barzinho
*padaria
*lanchonete (cachorro-quente)
*curso de inglês
*pet shop
*pizzaria
*galeria de arte
*academia (duas)
*salão de beleza (incontáveis)
*lavanderia (duas)
*locadora de filme
*loja de festas
*clínica de estética
*outra lanchonete
*loja que faz marmita
*loja de bordados e consertos de roupas
*sapataria (conserto de sapatos)
*drogaria

Acho que só! E nem precisa atravessar rua...

Quando eu for embora daqui vou perder um bocado de coisa...

A prova de um afeto puro é uma lágrima.
Lord Byron

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

LIBERDADE PARCIAL

Desde que fui apresentada às ceras depilatórias, isso há 20 anos, fiquei escrava da categoria profissional das depiladoras.

Ou seja, durante longos 20 anos me acostumei com a rotina de visitar uma depiladora a cada 4 semanas. Durante 20 anos enfrentei essa rotina dolorosa, chata e nada prazerosa. Durante 20 anos aguentei essa chatice.

Além de gastar dinheiro e sentir dor, o chato da depilação é ficar literalmente escravo dela. Esse lance de ter que ficar esperando pelo crescer pra poder depilar e usar uma blusa sem manga, ou uma saia, ou um biquíni, é um pé no saco.

Aí que eu ia lá toda cabeludona pra academia e o povo devia me achar a maior porcona. Tudo porque ainda não tinha chegado o dia da depilação.

Aí lá ia eu ficar me justificando: ah, ainda não depilei esse mês! Deus ú livre, credo.

Então resolvi acabar com essa chatice que durou 20 anos e comprei uma máquina de depilação. A bicha dói horrores, mas pelo menos posso usar pra tirar 1 pelo da perna se eu quiser. Não perco tempo de ir pro salão e não gasto dinheiro. Quer dizer, não sei se a máquina consome muita energia...

Mas, sinceramente, muito melhor do que ficar dependente de depilação. Tem nem comparação.

Agora só visito a Lôra (nome da depiladora) de vez em quando, só mesmo pra arrancar a pelaiada que fica lá embaixo, onde a máquina não alcança. Daí não preciso ir em tempo certinho.

Desse serviço ainda não tô livre e não vou ficar por um bom tempo.

COISINHAS:

Fim de semana comprei um edredon e um travesseiros novos. Meu travesseiro velho foi pro lixo e meu edredon velho foi pro Haiti.

Dia 17/12/2009 consegui finalmente doar sangue e nem precisei sair do trabalho. Fiz a doação no ônibus do Hemocentro que esteve por lá naquele dia. Mas a pessoa que coletou meu sangue, pelamordedeus! Queria arrancar meu sangue a todo custo, me deixou um hematoma que durou umas 3 semanas. Pena que não anotei o nome da infeliz.

Hoje eu recebi uma notícia muito triste! Um colega de trabalho morreu de câncer no começo do ano. Eu só soube hoje da morte dele e nem sabia que ele tava doente. Fiquei com dó! Homem bom, trabalhador, bom coração, jovem, humilde... Triste demais, tadinho!

Gabriel, que Deus o tenha e que você descanse em paz querido colega!

As doenças crucificam a alma do homem, atenuam nossos corpos, enxuga-os, degenera-os murcha-os como velhas maçãs, torna-os similares a tantas anatomias.
Robert Burton

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ONDE EU ESTAVA...

Tinha isso...

E mais tudo isso...

Por tudo isso e mais um pouco, não dá vontade de voltar. Ainda que fosse só por isso...

A grande finalidade da vida não é o conhecimento, mas a ação.
Thomas Henry Huxley

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

3 MIL QUILÔMETROS

Foi o que rodei nas férias pela estrada afora.

Viajar de carro é bom, mas tenso. Se bem que viajar de qualquer jeito tem sido tenso, a própria vida anda mais tensa.

E mesmo viajando de carro por essas rodovias invadidas por caminhões a tensão da rotina dá uma trégua. A gente volta calminho calminho... Volta paciente, tolerante, simpático, até meio avoado, distante. Por pouco tempo, mas pelo menos uns diazinhos a paz reina no nosso interior quando as férias acabam.

O fim do ano de 2009 foi de longe bem melhor que o fim de 2008. Até minhas férias foram mais longas e mais proveitosas. Aproveitei mais sol, mais dias de praia, lugar melhor, enfim, 100% melhor.

E né por nada não, mas férias combinam mesmo é com viagem de carro. Apesar da viagem de carro ser mais tensa, é mais relaxante. Coisa estranha né, que paradoxo! Mas é isso mesmo.

No carro dá pra curtir a paisagem, música, lanche ruim de beira de estrada, menino brigando dentro do carro, chuva, buraco na pista, obra na pista, pedágio, polícia rodoviária, caminhão, fila, e por aí vai.

Ainda assim, eu prefiro tudo isso do que o movimento psicodélico dum aeroporto. Aeroporto tem cara de negócios, viagem a serviço, formal demais pro meu gosto.

Numa viagem de avião, a viagem começa quando você chega no destino, na de carro não, começa a partir do momento em que você entra no carro.

Depois de 23 dias fora de casa, tô de volta ao batente desde ontem.

Ah, e agora tenho um secador de cabelo. É isso aí, me dei um de presente no fim do ano!

A palavra é o espelho da ação.
Sólon